sábado, 16 de junho de 2012

A consciência do corpo e das emoções na literatura






"[...] De vez em quando conduzia uma experiência imaginária. Primeiro tentava assumir a persona vienense com toda a pompa que tinha vindo a odiar. Tornava-se enfatuado e murmurava silenciosamente «Como ousa ela?». Entortava os olhos e franzia a testa, experimentando o ressentimento e a indignação que envolvem os que se levam a sério demais. Depois, suspirando e descontraindo-se, abandonava a atitude e voltava à sua própria pele - a um estado mental capaz de rir de si próprio, das próprias posturas ridículas.
Observou que cada um desses estados mentais tinha o seu colorido próprio: o enfatuado tinha arestas agudas - maldade e irritabilidade -, bem como altivez e solidão, O outro estado, pelo contrário, afigurava-se regular, suave e tolerante.[...]"
in: Quando Nietzsche chorou. Yalom, Irvin D.

E tudo isto era ele, e nada disto era ele, e tudo isto somos nós, e nada disto somos nós...



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