quinta-feira, 14 de junho de 2012

A literatura também fala do corpo


"[...] Uma súbita rajada de vento fez bater as janelas e distraiu Breuer por um momento. Subitamente, sentiu uma rigidez no pescoço e nos ombros. Tinha estado tão atento a escutar que, durante vários minutos, não movera um só músculo. Por vezes, os doentes conversavam com ele sobre assuntos pessoais, mas jamais daquela forma.[...]"

in: Quando Nietzsche chorou. Yalom, Irvin D.

Somos médicos, pais, mães, terapeutas, tios, avós, professores, ou outra coisa, somos gente... quantas vezes não nos deparámos com uma tensão no corpo? Umas vezes passa, outras vezes nem por isso, outras ainda nem nos apercebemos dela, como se já fizesse parte de nós. E no entanto é o corpo um precioso guia de orientação pelos caminhos da nossa alma. É o tomar contacto com estas perceções, senti-las, compreendê-las, soltá-las ou integrá-las, transformá-las, apaziguá-las, respirá-las, dançá-las, que vamos aprender.

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