"- Não subestime o que me concedeu, Josef. Não subestime o valor da amizade, de eu saber que não sou uma aberração, de eu saber que sou capaz de tocar e de ser tocado, Anteriormente, abracei apenas pela metade o meu conceito de Amor fati: tinha-me treinado - resignado seria um termo melhor - a amar o meu destino. Mas agora, graças a si, graças ao seu lar hospitaleiro, percebo que tenho uma escolha. Permanecerei sempre sozinho, mas que diferença, que maravilhosa diferença, escolher o que faço. Amor fati: escolhe teu destino, ama o teu destino.
Breuer levantou-se e encarou Nietzsche por um momento, pareceu assustado, apreensivo. Mas, á aproximação de Breuer, com braços abertos, também ele abriu os braços."
in: Quando Nietzsche chorou, de Irvin D. Yalom
Diálogo entre o filósofo Nietzsche e o Dr Josef Breuer, no termo de um processo de terapia mútuo. Ou de como quem apoia necessita, ele próprio, de ser cuidado.
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